Soneto n° II
Nas noites frias que se seguem
Não tenho sequer névoa fria que por mim olhe
Vejo os vidros embaçados
E penso que na Áustria devem estar felizes
Felizes pois este clima para eles é ameno, quente
Eu morro de frio, eles convulsionam de calor
Trocar de lugar com eles não é bem o que quero
Quero apenas um novo obstáculo na minha frente
Tenho que dizer que não penso em nada
Não penso nessas pessoas frias
Frias como a Áustria
Quero brisa fresca em meu rosto
Quero cheiro de relva
Quero os mais caudalosos rios
Lucas L. V. Neves
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